O presidente da Fiems, Sérgio Longen, liderou uma missão de 14 empresários de Mato Grosso do Sul, de diversos segmentos econômicos, para o 14º Encontro Nacional da Indústria (ENAI). O evento foi promovido nesta quarta-feira (27/11), em Brasília (DF), e contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, além do presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Ricardo Alban.
Na avaliação de Longen, o ENAI é um ambiente para debater problemas e encontrar soluções para a indústria nacional. "O grande objetivo desse encontro é fortalecer o diálogo entre empresários, governo e sociedade para impulsionar o desenvolvimento sustentável e competitivo do setor industrial", afirmou.
A participação de empresários de todos os estados do país no ENAI permite compartilhar experiências e casos de sucesso. Para o diretor da Fiems Luiz Cláudio Sabedotti Fornari, a indústria sul-mato-grossense merece destaque.
"Somos um estado plenamente desenvolvido para a indústria, com ambiente favorável aos negócios. Vemos colegas empresários de outros estados relatando dificuldades em seus ramos de atuação, justamente por falta de ambiente positivo. Mato Grosso do Sul está adiantado nesse aspecto e vejo que nosso estado se destaca em nível nacional".
O diretor da Fiems Julião Alves Gaúna, reconhece a importância de participar do ENAI. "Este é um evento fundamental para a cadeia produtiva do Brasil e, em especial, de Mato Grosso do Sul, pois traz oportunidades para que os empresários tenham visão de futuro e possam tomar as melhores decisões à frente de seus negócios, visando crescer, desenvolver e prosperar sempre".
Política industrial, juros e crescimento sustentável
Durante a abertura do ENAI, presidente CNI, Ricardo Alban, afirmou que o país precisa se unir e promover uma estratégia de política industrial perene e de longo prazo. Ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, Alban observou que o ENAI busca unir a indústria e o poder público em torno de agendas que possam levar ao desenvolvimento do Brasil.
"Precisamos nos unir e defender uma estratégia de política industrial de longo prazo, perene, para o Brasil. Nós, da indústria, devemos seguir o exemplo do agro e trabalhar, unidos, para que a nova política de desenvolvimento industrial tenha as mesmas condições e alcance o êxito do Plano Safra", declarou.
Já o presidente Lula criticou, mais uma vez, a elevada taxa de juros do país, atualmente em 11,25%, e afirmou que os índices de crescimento da economia registrados em seu governo afastam qualquer projeção pessimista. Ele destacou que a economia real sempre pode ser maior que a economia teórica. "Pouco dinheiro na mão de muitos significa economia mais equânime", frisou.
Lula ressaltou a importância da indústria para o país. "Se o povo não está bem, o país não está bem. Se a indústria não está produzindo, o país não está bem", comparou. "O papel do governo é criar condições para que as coisas possam acontecer", acrescentou.
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, disse que o governo tem apostado em iniciativas que tornem a indústria mais inovadora, sustentável e competitiva. Para Alckmin, a indústria tem contribuição importante para o crescimento consistente da economia.
"No segundo trimestre, o PIB brasileiro cresceu acima do esperado, 1,4%. Esse crescimento foi muito impulsionado pela indústria, que cresceu 1,8%. Quando a gente abre [os dados] da indústria, a maior parte foi bens de capital, ou seja, investimento, o que garante que vamos ter um crescimento mais sustentável", disse.
Fonte: Assessoria de Imprensa