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Traficantes esquartejam morador de favela dominada por facção rival e postam vídeo nas redes

Por PH em 11/01/2025 às 08:45:31

Segundo a Polícia Civil, seis traficantes estão envolvidos no assassinato, incluindo Lacoste e Coelhão chefes do tráfico na Serrinha

Seis traficantes da favela da Serrinha, em Madureira, foram indiciados pela morte de um jovem do morro do Fubá, em Cascadura. Matheus Andrade de Freitas foi esquartejado por traficantes de comunidade dominada por uma facção rival da qual ele morava e trabalhava, revela a investigação. Após matarem o jovem, os bandidos publicaram o vídeo do crime nas redes sociais, segundo o RJTV.

O crime aconteceu no dia 26 de outubro do ano passado, quando traficantes da Serrinha invadiram o morro do Fubá. Ao RJTV, a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) revelou que o motivo do crime foi porque Matheus era morador de uma comunidade inimiga do Terceiro Comando Puro (TCP).

"Matheus foi criado no morro do Fubá e muitos amigos passaram a integrar o tráfico. Um mês antes de desaparecer, tornou-se sócio de uma pizzaria na entrada da comunidade Jorge Turco, dominada pelo Comando Vermelho", explicou a delegada titular, Elen Souto, ao RJTV.

O vídeo, que viralizou nas redes e se tornou prova da investigação, irritou William Yvens da Silva, o traficante Coelhão, um dos chefes do tráfico na Serrinha. O RJTV teve acesso a um áudio que ele enviou aos integrantes do bando, reclamando da atitude dos traficantes:

"Como um vídeo desse vai vazar, mano? Como vai, como, explanar um vídeo desses, mano? Cortando os outros, mano. Pô, tá de brincadeira, mano", diz a gravação.

Lacoste e Coelhão, respectivamente — Foto: Reprodução / RJTV
Lacoste e Coelhão, respectivamente — Foto: Reprodução / RJTV

Coelhão é apontado pela polícia como homem de confiança de Wallace Brito Trindade, o Lacoste, tido como o principal traficante do Complexo da Serrinha. O mesmo é acusado de mandar torturar mulheres, raspando seus cabelos e colando tampinhas em suas cabeças, revelou o portal G1. Os dois também já apareceram em outras filmagens, exigindo que olheiros do tráfico usem drones para monitorar a movimentação da Polícia Militar na região.

Agora, Lacoste e Coelhão passam a ter, respectivamente, 7 e 3 mandados de prisão em aberto. Ao RJTV a delegada explicou ainda que o vídeo do esquartejamento fez com que o inquérito fosse encerrado em três meses.

"Ainda durante esse vídeo de esquartejamento, faz exaltação ao chefe, que vem a ser o Lacoste", finalizou Elen Souto.

Fonte: O DIA

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