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Guerra Tarifária de Trump: Brasil em Alerta!

Impactos e possíveis reações do Brasil diante das novas políticas comerciais dos EUA

Por PH em 07/04/2025 às 06:38:56

A nova investida de Donald Trump no uso de tarifas como ferramenta de pressão comercial acende um sinal de alerta para o Brasil. A postura americana, que se intensificou no segundo mandato de Trump, visa não apenas objetivos econômicos, mas também metas de controle de imigração, combate ao tráfico de drogas e expansão geopolítica dos EUA.

Essa estratégia, que já era observada no primeiro mandato de Trump, agora se apresenta de forma mais robusta e abrangente, gerando preocupações sobre seus efeitos no cenário comercial global. O uso de tarifas para além de metas econômicas tradicionais, como a reindustrialização, configura uma abordagem multifacetada que busca influenciar diversas áreas.

O Brasil, que mantém uma relação comercial superavitária com os EUA, pode não encontrar nessa condição uma proteção significativa. Apesar do superávit, Trump frequentemente critica o Brasil, alegando que o país impõe tarifas elevadas aos produtos americanos e não oferece a reciprocidade tarifária adequada.

"Provavelmente, o argumento será usado pelo negociador brasileiro nas conversas com os norte-americanos. Ele vai dizer: 'Vocês têm um superávit comercial com o Brasil e não devem tratar a gente como tratam outros claramente superavitários com vocês'. Eu usaria esse argumento ad nauseum, mas não sei se o outro lado estará disposto a ouvir." disse Roberto Azevêdo.

Um estudo do governo americano apontou diversas críticas às barreiras comerciais brasileiras, incluindo restrições ao etanol, ao setor audiovisual e às compras governamentais de produtos importados. Apesar dessas críticas, o Brasil argumenta que a tarifa efetiva média aplicada sobre as mercadorias americanas é inferior a 3%. Para os EUA, essas medidas fazem sentido, mas nem tudo está ligado às tarifas.

Os impactos do "tarifaço" podem se manifestar tanto na via comercial quanto na via financeira, com potencial para elevar a inflação e aumentar as taxas de juros nos EUA. A reação de outros países, com possíveis retaliações, pode intensificar ainda mais esses efeitos, desencadeando um reordenamento dos fluxos de comércio globais e impactando as cadeias de suprimento.

Embora existam oportunidades pontuais, como para o setor agropecuário brasileiro, que pode se beneficiar da retaliação de outros países à produção americana, o cenário global é de incerteza e potenciais perdas. O Brasil, assim como outros países, buscará aproveitar as oportunidades que surgirem, mas o ideal seria evitar a turbulência que se anuncia.

"Não sei, mas eu acho que as oportunidades, num quadro tão dramático como esse maior que pode acontecer, não vão compensar as perdas e os danos que virão a se manifestar de outras formas." - Roberto Azevêdo.

Diante das ameaças de Trump, o Brasil acelerou a tramitação do projeto de lei 2088/2023, conhecido como PL da Reciprocidade Econômica. Originalmente voltado ao agronegócio, o projeto foi adaptado para abranger a reciprocidade em negociações comerciais em todos os setores. O PL não define a reação do governo brasileiro, mas busca preparar o país para um cenário de maior pressão comercial.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Fonte: Infomoney

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