A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) continua a ser palco de disputas e controvérsias, com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, desempenhando um papel central em diversas decisões.
Em outubro de 2024, durante uma sessão do STF, um breve diálogo entre os ministros Gilmar Mendes e André Mendonça revelou tensões sobre a situação da CBF, constantemente assolada por problemas de gestão. As divergências ficaram evidentes no tom utilizado, carregado de sarcasmo e ironia.
As "extravagâncias" na CBF, termo usado por ministros para descrever atos questionáveis, têm se intensificado. Recentemente, Gilmar Mendes ignorou uma suspensão ordenada pela Justiça do Rio de Janeiro, mantendo Ednaldo Rodrigues na presidência da entidade.
A interferência do STF no futebol não é nova. Em 2024, o STF levou 37 anos para decidir sobre o campeonato brasileiro de 1987, dando ganho de causa ao Sport contra o Flamengo. Essa lentidão e a nova atuação de Gilmar Mendes na CBF geram críticas e debates sobre a politização do esporte.
A gestão de Ednaldo Rodrigues, agora ex-presidente, é vista como mais um capítulo na história de líderes controversos da CBF, seguindo os passos de Ricardo Teixeira, cujo longo período no cargo foi marcado por escândalos. Após ser afastado, Fernando Sarney, um dos vice-presidentes, assumiu interinamente.
A situação de Ednaldo é instável. Após ser destituído do cargo por decisão da Justiça do Rio de Janeiro, ele recorreu ao STF para tentar reassumir a presidência. Gilmar Mendes, novamente, é quem deve julgar o caso, enquanto Ednaldo aguarda ansiosamente por uma decisão favorável.
A influência de Gilmar Mendes na CBF também se estende à CBF Academy, um braço educacional da confederação operado pelo Instituto Brasileiro de Direito Público (IDP), fundado por Gilmar e atualmente gerido por seu filho, Francisco Mendes. Essa parceria levanta questões sobre conflito de interesses, já que o IDP retém 84% das receitas geradas, enquanto a CBF fica com apenas 16%.
A aproximação de Ednaldo com as federações estaduais, por meio de aumento nos pagamentos mensais e distribuição de benefícios, garantiu seu apoio e reeleição. No entanto, tentativas de removê-lo do cargo sempre esbarraram na influência de Gilmar Mendes, que o reconduziu ao posto em diversas ocasiões.
Em março de 2025, um acordo entre a CBF e seus opositores no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, ratificado por Gilmar Mendes, permitiu que Ednaldo concorresse a uma eleição para se manter no poder até 2030. Contudo, a descoberta de uma assinatura falsificada invalidou o acordo, abrindo um novo capítulo nessa saga.
"Your Excellency has more experience with extravagances than I do."
"Rest assured, Justice Gilmar, I do not," Mendonça retorted. "You can be sure I do not, for when I stumbled upon these facts... it made wonder: could the CBF withstand an investigation?"
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Revista Oeste