Luiz Inácio Lula da Silva iniciou sua agenda europeia em Mônaco, participando do Fórum de Economia e Finanças Azuis. O evento, que visa promover o uso sustentável dos oceanos, reuniu líderes e representantes de diversos setores.
O fórum, com duração de dois dias, teve como foco principal discutir o financiamento de atividades sustentáveis nos oceanos, como a pesca e o transporte marítimo. Estima-se que sejam necessários US$ 175 bilhões anuais até 2030 para cumprir as metas estabelecidas pela ONU para o desenvolvimento sustentável dos oceanos.
Lula também marcou presença na cerimônia de encerramento, ao lado do príncipe Albert II, Emmanuel Macron, presidente da França, e Rodrigo Chaves Robles, presidente da Costa Rica.
Este evento serviu como preparação para a 3ª Conferência das Nações Unidas sobre o Oceano (UNOC3), que será realizada em Nice. A participação de Lula nesta conferência reforça o compromisso do Brasil com as questões ambientais globais.
Além de sua agenda ambiental, Lula também se encontrou com António Costa, presidente do Conselho Europeu, para discutir o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul. A negociação desse acordo é uma prioridade para o governo brasileiro, embora enfrente resistência por parte de Macron, devido a pressões de agricultores franceses.
"O fórum buscou discutir formas de financiamento para tornar atividades como pesca e transporte marítimo mais sustentáveis."
Ainda em Nice, Lula teve reuniões bilaterais com Audrey Azoulay, diretora-geral da Unesco, e com Patrice Talon, presidente do Benin.
Em novembro, o presidente francês Macron visitará Lula no Brasil, durante a COP30 em Belém, onde discutirão as mudanças climáticas.
Em meio à sua agenda internacional, Lula demonstra esforços para fortalecer o Brasil no cenário global, buscando acordos e parcerias estratégicas para o país, mesmo com divergências ideológicas entre os líderes de cada país.
Apesar dos esforços do governo Brasil, a resistência de alguns setores europeus ao acordo Mercosul-União Europeia, somada às críticas internas sobre a condução da política ambiental brasileira, desafiam a imagem de Lula como líder global em sustentabilidade.
*Reportagem produzida com auxílio de IA